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Agronegócios

Produção de Mato Grosso deve encolher quase 3%


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Área cresce, mas projeção de oferta da soja mato-grossense encolhe. Centro-Oeste sustenta estimativas de incremento na área plantada no próximo ciclo para todo país.

Em sua primeira estimativa para o ciclo 2018/19, a consultoria INTL FCStone aponta aumento de área plantada para a soja e para o milho (primeira safra) no Brasil. No caso da oleaginosa, o avanço deve ser de 2%, alcançando 35,86 milhões de hectares, com incremento das intenções de plantio principalmente nos estados do Centro-Oeste e no Rio Grande do Sul. No entanto, a produção de Mato Grosso não deverá, pelo menos nesse primeiro momento, corresponder ao incremento especial. A produção deve encolher 2,8% em relação ao contabilizado em 2017/18.

Mato Grosso, maior produtor de grãos e de algodão do país, deverá colher 31,39 milhões de toneladas de soja ante as 32,30 milhões de toneladas colhidas nesse ano. A redução é puxada pela menor produtividade, que segundo a consultoria passaria de 3,39 mil quilos por hectare (kg/ha) para 3,24 kg/ha. A superfície cultivada vai de 9,51 milhões de hectares para 9.69 milhões.

Ainda na estimativa da INTL FCStone estão projeções ao milho primeira safra, cultura pouco no Estado, já que no primeiro ciclo se opta pela oleaginosa. Para o milho, como o grupo ainda não possui estimativa para a safrinha 2018/19, o balanço de oferta e demanda para o cereal ainda não foi divulgado.

No país, a produção calculada pelo grupo indica um crescimento mais tímido, de 119,18 milhões de toneladas, um aumento de apenas 0,2% em relação à produção de 119 milhões de toneladas na safra 2017/18, estimada pela Conab em seu relatório de agosto. “Mesmo com o crescimento de área, pelo menos por enquanto, não se espera que a produtividade excepcional do ciclo 2017/18 se repita em alguns estados”, pondera a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. A produtividade média nacional de soja é projetada em 3,32 toneladas por hectare.

No caso da primeira safra de milho, a INTL FCStone espera aumento de área de 2,5%, alcançando 5,2 milhões de hectares, com destaque para os estados do Rio grande do Sul, de Santa Catarina e de Goiás. “Como no começo de 2018, houve dificuldade em se encontrar milho no mercado doméstico e a safra de verão tem ficado cada vez menor, além dos preços internos estarem fortalecidos, existe algum incentivo para ganhos de área, destacando-se que em termos absolutos o aumento é de pouco mais de 126 mil hectares”, explica a analista Ana Luiza.

Para a produção, a estimativa da primeira safra aponta 27,2 milhões de toneladas, com uma produtividade média de 5,24 toneladas por hectare, mais baixa que a do ciclo 2017/18.

MERCADO – Considerando que o balanço de oferta e demanda de soja deve encerrar 2018 com estoques muito baixos, situação semelhante de um balanço mais restrito deve ocorrer também no próximo ano, segundo a INTL FCStone, uma vez que se espera que a demanda continue bastante aquecida. “Um ponto que poderia mudar o panorama do consumo, seria um acordo entre EUA e China que suspendesse a taxação de 25% sobre a soja norte-americana”, alerta Ana Luiza Lodi.

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